Finalmente uma conclusão! Lucila descobriu que estava enjoada dos mesmos papos, dos mesmos problemas, das mesmas histórias, dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades. Qualidades? Eu disse qualidade? Desde quando os rolos de Lucila tinham qualidades? Ok, ok! Vamos pular essa parte.
A verdade é que estava na hora de renovar a agenda. Lucila sabia que nada daquela mesmice mudaria se ela mesma não mudasse de ares. Resolveu então tentar.
Trabalhava em um escritório agitado, onde não tinha tempo de respirar, mas sempre arranjava tempo para mandar e-mail para Eduardo, seu colega de trabalho (diga-se de passagem “que colega”), reclamando da sua vida amorosa na esperança que ele se comovesse e enfim desse um “jeito” no problema.
O jeito esperado é aquele que toda mulher almeja, ou seja, recheado de frases melosas e apaixonadas, beijos e abraços, e claro, a ligação do dia seguinte.
Naquela ocasião Lucila suava frio. Achava que tinha forçado a barra com o amigo Eduardo. Nunca na vida tinha dado tanto mole para alguém via e-mail. E-mail este que continha a seguintes frases: “Cansei dessa vida Edu. Sério mesmo! To me sentindo muito sozinha, ainda mais nesse frio! E nem um cobertor de orelha pra me esquentar! Bla bla bla...”
Olhava impaciente sua caixa de entrada esperando uma resposta que contivesse “eu me habilito”. Finalmente um e-mail chegou!
De Eduardo para Lucila:
“Pois é Lu. A vida ta difícil para todo mundo. Ainda bem que eu estou namorando agora, e estou super feliz. Estou pensando até mesmo em noivar! Da pra acreditar? Só pra você ter uma idéia, não são só as mulheres que eu tenho visto reclamar dessa vida, os homens também. Tenho um amigo, gente finíssima, que ta solteiro a um tempão, e ele mesmo me diz que a mulherada não quer nada com nada...bla bla bla... Pô! Ta ai! Vou te apresentar ele !”
Lucila suspirou e começou a tentar entender o e-mail. Fechou os olhos e imaginou a resposta perfeita: “Edu! Realmente não da pra acreditar que você vai noivar e nem deu bola para meu mole total! #@$!xMNh!Que mané amigo o que!Esse negócio de amigo encalhado é a maior furada!O cara deve ser um horroroso com mal hálito!Eu quero é que você de um jeito nessa minha carência, seu besta!”
E então escreveu: “Edu, esse negócio de apresentar amigo nunca da muito certo, mas se ele pedir meu e-mail... pode passar.”
Eduardo animado com a resposta da amiga, respondeu prontamente a solicitação do ultimo e-mail. Mais que depressa escreveu para o tal do amigo contando que tinha uma amiga que estava desesperada, na seca, e que precisava conhecer alguém. Obviamente que isso ele não contou para Lucila.
De Eduardo para Lucila: “É pra já!”
Lucila nem deu bola, pois já estava acostumada com os foras que levava e que costumavam ser tão freqüentes quanto aos que ela dava.
Dia seguinte, um e-mail desconhecido em sua caixa de entrada. De Epaminondas para Lucila. Lucila pensou: “Tomara que não seja esse o tal do amigo, senão já começou com uns pontos negativos”. Abriu o e-mail, e lá estava a resposta para o ponto de interrogação que se formara.
“Olá Lucila, sou amigo do Eduardo. Ele falou tanto de você que eu resolvi pedir seu e-mail. Espero que não se importe. Bla bla bla bla...”
Sem grandes pretensões, Lucila alimentou aquele papo furado sem se preocupar em saber como aquela história acabaria. Essa troca de e-mails durou uma semana, até que o “Epa” resolveu convidá-la para sair.
De Epaminondas para Lucila: “Oi Lu, então, que tal a gente fazer alguma coisa hoje?”
Continua...
3 comentários:
Olá meninas!!!
esse encontro as escuras da nossa Luci não ta cheirando boa coisa não...
rsrsrsrs
vamos ver se ela da sorte com o "Epa"!
bjoks
Ei, acho que já li este conto, Brê, mas não consigo lembrar do final!!! Escreve logo!! eheh
Brenda...
Welcome back again!!!
Beijão...
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